Ser poeta é algo que transcende a palavra
Transborda da alma e afoga o ser
Num mar de sensações e impressões que ele tenta
de forma imprecisa entender, nas linhas que pinta
Ser poeta é algo que não combina com rotina, cartão de ponto ou chefe
Porque quem flerta com a noite e tem a Lua por amiga
Que ouve os sussurros das ondas e a língua das estrelas
Por mais que tentasse não se enquadraria
Ser poeta é antes de tudo ser meio vidente ou quem sabe psicólogo...
Talvez uma mistura de filosofo com astrologo
Ou apenas uma antena
Ser poeta é estar assim meio com pé cá outro lá
E ser pego por uma vontade irresistível de contar pro mundo
Que o mundo dele é outro
Ser poeta é enxergar o outro sem corpo é ver luz e sombra onde a maioria só vê corpo
E buscar uma saída, bonita é verdade...
Mas as vezes triste, porque na poesia só importa a emoção
Essa que nos assombra e nos toma de sopetão
Que nos transforma de semente em botão, de botão em flor, de flor em pétalas no chão
Ser poeta é ter passe direto em portas que muitos não vêem
É caminhar sobre as águas do coração
É antes de tudo ser nada e estar profundo no tudo
Ser poeta é muito mais que um bocado de reais na mão
É uma necessidade de mudar o mundo a partir da sua própria visão
Ser poeta é não permitir que a rotina nos tire o tesão de acordar no meio da madrugada
só para colocar frases soltas na folha perdida em cima da mesa
Ser poeta é um privilégio para quem vive em suas rimas ou prosas
É descobrir colorido no mundo perdido...
Ser poeta é um exercício de conexão diário e constante
De tentar dar nome as coisas da criação.
Poetas são anjos
Que vieram para a Terra trazer um pedaço do céu
São aqueles que tentam com as palavras criar pontes
Para ligar os homens a criação
Poetas são luzes que iluminam a escuridão
Do caminho, da alma, da solidão.
terça-feira, 18 de março de 2008
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