Num mundo de conceitos controversos;
Reina o absolutismo das idéias relativas;
Onde os valores apontam pra caminhos inversos;
Onde os covardes carregam os indecisos, em suas locomotivas!
Mundo de deuses humanos, de almas caninas;
Desapegadas de afeição, advogadas do meu horror;
Nas suas artérias, circulam condenáveis adrenalinas;
Eu me condenaria, se por seus atos, nutrisse amor!
E como amar esse valor humano, lançado em vala comum?
Se me vejo desarmado, pelo brado de seus ossos?
Eu sou a voz que não se adequa, às caricias preferidas de ouvido algum;
Eu sou aquele, que do topo da torre, alardeia seus ódios!
Da indiferença, da intolerância e da conivência;
Do consumismo, da inércia social e do casuísmo;
Das falsas atenções, recheadas de violência;
Da crença na descrença, do estímulo aos vícios!
Dos carrascos infantis, que fazem compras nas esquinas;
Dos cães glutões, que matam a gente sobre quem legislam;
Dos arrasadores de lares, dos violadores de meninos e meninas;
Das vozes incoerentes, que condenam tudo que imitam!
Da moderna maternidade algoz, do capitalismo feroz;
Do brinde feito com sangue, em nome da desigualdade;
Da realidade além das telas, que diferente daquela, se apresenta atroz;
Da imparcialidade, a cada dia, adquirindo maior status de raridade!
Todos os meus ódios, contra todos os meus dissabores;
E minhas duas faces, cá estão para os tapas do antagonismo;
Eu amo a vida, e todas as ações humanas motivadas por sinceros amores;
Eu odeio todo o mal, e todos os seus exércitos de falso moralismo!!
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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